TODOS OS DIAS EXISTEM SEGREDOS ESCONDIDOS EM CADA INSTANTE DE NOSSA EXISTÊNCIA.

AQUI SERÁ POSSÍVEL ENCONTRAR ALGUNS DELES...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

TEXTO DO DIA - BILHÕES DE ANOS-LUZ DO AMOR!

“…Os astrônomos afirmam que as estrelas que hoje vemos reluzir começaram a arder há centenas de milhares de anos e talvez hoje estejam se extinguindo…Sempre foi difícil para mim imaginar isso, mas agora posso fazê-lo com facilidade quando penso como você sorri diante de minhas cartas cordiais…enquanto uma medida de ternura, que luta em vão para se expressar, me preenche…” – Este é um trecho de uma das inúmeras cartas de Freud enviou para sua noiva Martha no ano de 1882. Foram quatro anos de correspondências, em um amor à distância. Freud, pai da psicanálise, foi um ótimo escritor, textos ricos em analogias de linguagem e uma profunda preocupação em ser compreendido.

Pegando uma carona no ótimo texto da Ana Vatag em Entre.vistas, sobre a moral e ética em nossa sociedade e o comentário da Priscila Silvério sobre o livro “Vícios privados, benefícios públicos?” que trata de um tema semelhante, é interessante notar a importância do pensamento, da crítica, ceticismo na compreensão de nós mesmos e da realidade em nossa volta. É fácil notar que Freud exercia isso até mesmo em suas cartas enamoradas, analisando a si mesmo e o mundo ao redor, compreendendo suas limitações e pontuando com exatidão os problemas que estava envolvido. Suas analogias nos rementem a um aspecto fundamental do pensamento, pois ele é analógico por princípio, se ampara em comparações de conhecimentos obtidos, em âncoras de linguagem que delimitam nosso mundo. Alienação e desconhecimento é, portanto, uma redução de nosso horizonte.

Somos capazes de fazer isso em nosso dia-a-dia ? Céticos, críticos e pontuar problemas com precisão ? O pensamento científico, na tentativa de evitar cair em armadilhas como falácias, conjecturas falsas e outros problemas de falta de consistência, desenvolveu o Método Científico, procedimentos que permitem unir evidências e analisá-las à luz da lógica, e chegar em uma conclusão verificável. Mas não somos cientistas, nossa mente não segue um método, porém podemos nos auxiliar desse princípio para melhorar nossa percepção do mundo.

Um exemplo interessante é o resultado de algumas reduções ou ampliações vagas de significado das palavras, de vocabulário, e portanto, aumentando a confusão de nosso entendimento do mundo. Isso ocorre com frequência ? Muito mais que imaginamos. Michael Legault em seu livro “Think!” dá uma boa idéia disso, como por exemplo, no uso da palavra “stress”, que pode significar todo tipo de coisa hoje em dia, é uma força vaga e malévola que se espalha rápida e descontroladamente na vida. Passou a significar tantas coisas diferentes, que acaba não significando mais nada. E, mesmo assim, ainda culpamos o stress pela maioria de nossos problemas.

Nisso, criamos uma sociedade na qual muitas pessoas não assumem a responsabilidade por suas próprias vidas, acusam tudo e todos pela forma como se sentem e se comportam. O stress é uma forma vaga sem rosto e sem exatidão. Devemos pontuar, focar, sermos céticos, éticos, e não há necessidade de religião para amparar isso, é o pensamento com uma clara percepção do que lhe ocorre a um centímetro ou à bilhões de anos-luz.

Nas palavras de George Santayana, “A verdade é cruel, mas pode-se amá-la; e ela liberta aqueles que a amam”.

Texto retirado do site Sintonia Jovem

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