TODOS OS DIAS EXISTEM SEGREDOS ESCONDIDOS EM CADA INSTANTE DE NOSSA EXISTÊNCIA.

AQUI SERÁ POSSÍVEL ENCONTRAR ALGUNS DELES...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

TEXTO DO DIA - PROBLEMAS

É muito importante recordar que os problemas, as situações e as pessoas não existem fora de nós tal como os percebemos, mas sim nossa percepção é simplesmente um reflexo de nossos pensamentos. Os problemas tampouco são o que pensamos que são. Nunca sabemos o que é o que está se passando realmente. Os problemas são sempre “oportunidades”.

Devemos nos dar conta que temos um efeito sobre o evento ou o problema, e que nós o criamos. Esta é na realidade uma boa notícia, pois se nós o criamos, nós podemos trocá-lo sem depender de nada nem de ninguém.

Há uma história que conta que em uma aldeia havia um ancião muito pobre, mas até os reis lhe invejavam porque possuía um formoso cavalo branco. Os reis lhe ofereceram quantidades fabulosas pelo cavalo mas o homem dizia: --“para mim ele não é um cavalo; é uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo?”.

Era um homem pobre, mas nunca vendeu seu cavalo. Uma manhã descobriu que o cavalo já não estava no estábulo.

Todo o povo se reuniu dizendo:
--“Velho tolo. Sabíamos que algum dia lhe roubariam o cavalo. Teria sido melhor se o tivesse vendido. Que desgraça!”.
--“Não vamos tão longe”, disse o ancião. “Simplesmente digamos que o cavalo não está no estábulo. Este é o fato. Todo o resto é seu julgamento. Se for uma desgraça ou uma sorte eu não sei, porque isto é apenas um fragmento. Quem sabe o que vai acontecer amanhã?”.


Todos riram dele. Acreditavam que o ancião estava um meio louco. Mas depois de 15 dias, uma noite o cavalo retornou. Não tinha sido roubado, mas havia escapado. E não foi só isso, ele retornou e trouxe consigo uma dúzia de cavalos selvagens. De novo o povo se reuniu dizendo:
-- “Tinha razão o velho. Não foi uma desgraça mas uma verdadeira sorte”.
--“De novo estão indo muito longe”, disse o ancião. “Digam só que o cavalo voltou. Quem sabe se foi uma sorte ou não? É só um fragmento. Estão lendo apenas uma palavra de uma oração. Como podem julgar o livro inteiro?”.

Ninguém disse mais nada, mas por dentro sabiam que ele estava equivocado. Afinal haviam chegado doze cavalos formosos.

O velho tinha um filho que começou a treinar aos cavalos. Uma semana mais tarde ele caiu de um cavalo e quebrou as duas pernas. O povo voltou a se reunir e a julgar,
-- “De novo o velho tinha razão”, disseram. Era uma desgraça, seu único filho perdeu o jogo das pernas e, na sua idade ele era seu único sustento. Agora estava mais pobre que nunca”.
--“Estão obcecados julgando”, disse o ancião. “Não vão tão longe. Só digam que meu filho quebrou as duas pernas. Ninguém sabe se foi uma desgraça ou uma fortuna. A vida vem em
fragmentos, e nunca nos dá mais que isto”.


Aconteceu que, poucas semanas depois o país entrou em guerra e todos os jovens do povoado foram chamados pelo exército. Só se salvou o filho do ancião porque estava aleijado. O povo inteiro chorava e se queixava porque era uma guerra perdida de antemão e sabiam que a maioria dos jovens não voltariam.
--“Tinha razão velho. Era uma sorte. Embora aleijado seu filho ainda estava com ele, enquanto os nossos se foram e não sabemos se voltam.
--“Seguem julgando”, disse o velho. Ninguém sabe. Só digam que seus filhos foram obrigados a unir-se ao exército e que meu filho não . Só Deus sabe se foi uma desgraça ou uma sorte”.

Assim acontece conosco sempre que formamos uma opinião ou um julgamento: estancamo-nos; nos escravizamos. Um ensinamento budista diz: “Aquele que está influenciado por seus gostos e desgostos, com a mente impregnada por idéias pré-concebidas, não pode entender o significado das circunstâncias e tende a se desesperar-se perante elas. Aquele que está desapegado, com a mente livre e aberta, entende perfeitamente as circunstâncias e para ele todas as coisas são novas e significativas”.

Mais adiante diz:
“A felicidade segue à tristeza. A tristeza segue à felicidade, mas quando a gente já não discrimina entre a felicidade e a tristeza, o bom e o mau, a gente é capaz de libertar-se”.

Texto retirado do livro - Hoponopono - O Caminho Mais Fácil - Mabel

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