A felicidade tem muitas faces e há vários níveis de contentamento que podemos cultivar, segundo a milenar filosofia hindu. É possível reconhecer e acessar este tesouro interior, que garante um estado de bem-aventurança duradouro e menos dependente de variações de humor, emoção e fatos externos.
Difícil dizer o que é, mas, quando surge, ninguém tem dúvida. Afinal, se há uma unanimidade no mundo, é a de que todas as pessoas querem ser felizes. Do simples prazer proporcionado por um abraço amigo à alegria de contemplar a grandiosidade do céu azul, o que denominamos felicidade é um estado feito de emoções e sensações diferentes.
Mestres no assunto, budistas, hinduístas e escolas filosóficas, como a milenar ioga, estudaram e classificaram diversos níveis de felicidade. Para ter uma idéia, em sânscrito, antigo idioma hindu, existem pelo menos 30 palavras para descrevê-los. Entre elas, existe uma para identificar o prazer transitório (sukha), outra que indica o contentamento (santosha), uma para a felicidade espiritual (mudita) e uma quarta, que expressa a felicidade suprema (ananda).
Essas filosofias orientais ensinam que, embora o mundo exterior nos dê prazer e alegria, é possível acessar níveis mais profundos e duradouros de felicidade. A principal receita para isso é depender cada vez menos de pessoas e circunstâncias. “Quando baseamos nossa felicidade apenas no que está fora, ela rapidamente pode se tornar infelicidade. É o que acontece quando as expectativas num relacionamento amoroso são frustradas”, exemplifica César Deveza, professor de ioga de pós-graduação das Faculdades Metropolitanas Unidas, de São Paulo.
De dentro para fora
Preconizando a rota oposta, os mestres do Oriente afirmam que o caminho para ser feliz está dentro de cada um de nós e nada tem a ver com os fatos bons ou maus da vida. “Ser feliz é nossa verdadeira essência. Precisamos lembrar disso mil vezes ao dia. Assim como escavamos a terra para encontrar água, podemos desbastar as camadas de nosso ser até acessarmos esse tesouro a nossa espera”, revela o monge indiano Sunirmalananda, da Ordem Ramakrishna da Índia, que atualmente está em São Paulo.
Fazer ioga, meditação, manter uma prática espiritual e adotar certas mudanças de hábito e pontos de vista são algumas das técnicas que os especialistas recomendam para quem deseja trilhar esse caminho. Outro fator importante é compreender as diferenças entre os tipos de felicidade. Sukha, santosha, mudita e ananda, formam uma espécie de roteiro e mostram que, com treino e disposição, é possível acessar nosso tesouro interior e manter constante um estado de contentamento que depende exclusivamente de nós.
Em busca do essencial
Segundo a filosofia hindu, qualquer pessoa pode viver momentos cada vez mais profundos e duradouros de felicidade. O mestre Sunirmalananda descreve alguns passos importantes nesse caminho.
• Lembre-se de que dentro de você existe um manancial inesgotável de felicidade. Você é a própria essência da plenitude.
• A felicidade está presente aqui e agora. Procure lembrar-se disso várias vezes ao dia para renovar esse sentimento.
• Aceite tudo o que a vida coloca em seu caminho. Isso traz a paz instantânea, que é o início do contentamento.
• Não alimente centenas de desejos. Eles nos fazem andar em círculos sem chegar a lugar algum e nos deixam insatisfeitos.
• Não se culpe por seus erros. Por acaso uma bailarina fica se lamentando porque caiu dez vezes enquanto praticava? Ela continua dançando até ser bem-sucedida. Cair mil vezes e levantar faz parte da vida.
• Quando a mente está mais serena, você se torna senhor de seu mundo e deixa de ficar a reboque das emoções. Aquiete-se com métodos como meditação, ioga e exercícios de respiração.
• Pratique a ação consciente. Preste atenção no que você faz e como faz. Monitore seus pensamentos e sentimentos, especialmente quando causam sofrimento e dor. Tente entender os mecanismos que os geram. Crie o hábito de perceber a ventura que existe em tudo.
• Dê alegria aos outros. Essa é também uma forma de atraí-la.
• Desenvolva uma prática espiritual, ore. Isso traz paz.
Texto retirado do site da Revista Bons Fluidos
http://bonsfluidos.abril.com.br/
Difícil dizer o que é, mas, quando surge, ninguém tem dúvida. Afinal, se há uma unanimidade no mundo, é a de que todas as pessoas querem ser felizes. Do simples prazer proporcionado por um abraço amigo à alegria de contemplar a grandiosidade do céu azul, o que denominamos felicidade é um estado feito de emoções e sensações diferentes.
Mestres no assunto, budistas, hinduístas e escolas filosóficas, como a milenar ioga, estudaram e classificaram diversos níveis de felicidade. Para ter uma idéia, em sânscrito, antigo idioma hindu, existem pelo menos 30 palavras para descrevê-los. Entre elas, existe uma para identificar o prazer transitório (sukha), outra que indica o contentamento (santosha), uma para a felicidade espiritual (mudita) e uma quarta, que expressa a felicidade suprema (ananda).
Essas filosofias orientais ensinam que, embora o mundo exterior nos dê prazer e alegria, é possível acessar níveis mais profundos e duradouros de felicidade. A principal receita para isso é depender cada vez menos de pessoas e circunstâncias. “Quando baseamos nossa felicidade apenas no que está fora, ela rapidamente pode se tornar infelicidade. É o que acontece quando as expectativas num relacionamento amoroso são frustradas”, exemplifica César Deveza, professor de ioga de pós-graduação das Faculdades Metropolitanas Unidas, de São Paulo.
De dentro para fora
Preconizando a rota oposta, os mestres do Oriente afirmam que o caminho para ser feliz está dentro de cada um de nós e nada tem a ver com os fatos bons ou maus da vida. “Ser feliz é nossa verdadeira essência. Precisamos lembrar disso mil vezes ao dia. Assim como escavamos a terra para encontrar água, podemos desbastar as camadas de nosso ser até acessarmos esse tesouro a nossa espera”, revela o monge indiano Sunirmalananda, da Ordem Ramakrishna da Índia, que atualmente está em São Paulo.
Fazer ioga, meditação, manter uma prática espiritual e adotar certas mudanças de hábito e pontos de vista são algumas das técnicas que os especialistas recomendam para quem deseja trilhar esse caminho. Outro fator importante é compreender as diferenças entre os tipos de felicidade. Sukha, santosha, mudita e ananda, formam uma espécie de roteiro e mostram que, com treino e disposição, é possível acessar nosso tesouro interior e manter constante um estado de contentamento que depende exclusivamente de nós.
Em busca do essencial
Segundo a filosofia hindu, qualquer pessoa pode viver momentos cada vez mais profundos e duradouros de felicidade. O mestre Sunirmalananda descreve alguns passos importantes nesse caminho.
• Lembre-se de que dentro de você existe um manancial inesgotável de felicidade. Você é a própria essência da plenitude.
• A felicidade está presente aqui e agora. Procure lembrar-se disso várias vezes ao dia para renovar esse sentimento.
• Aceite tudo o que a vida coloca em seu caminho. Isso traz a paz instantânea, que é o início do contentamento.
• Não alimente centenas de desejos. Eles nos fazem andar em círculos sem chegar a lugar algum e nos deixam insatisfeitos.
• Não se culpe por seus erros. Por acaso uma bailarina fica se lamentando porque caiu dez vezes enquanto praticava? Ela continua dançando até ser bem-sucedida. Cair mil vezes e levantar faz parte da vida.
• Quando a mente está mais serena, você se torna senhor de seu mundo e deixa de ficar a reboque das emoções. Aquiete-se com métodos como meditação, ioga e exercícios de respiração.
• Pratique a ação consciente. Preste atenção no que você faz e como faz. Monitore seus pensamentos e sentimentos, especialmente quando causam sofrimento e dor. Tente entender os mecanismos que os geram. Crie o hábito de perceber a ventura que existe em tudo.
• Dê alegria aos outros. Essa é também uma forma de atraí-la.
• Desenvolva uma prática espiritual, ore. Isso traz paz.
Texto retirado do site da Revista Bons Fluidos
http://bonsfluidos.abril.com.br/
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