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quinta-feira, 14 de abril de 2011

TEXTO DO DIA - O PODER ESPIRITUAL DA AMIZADE

A palavra amizade é livremente usada para se referir a vários tipos de relações humanas, o que muitas vezes dificilmente são dignas desse nome. Por exemplo, a conhecida ‘amizade por interesse’.

Nossos ancestrais reconheciam como a amizade é importante e essencial para o desenvolvimento humano. Equiparavam amizade à necessidade.

Uma das primeiras e cuidadosas análises da natureza da amizade foi feita por Aristóteles (384-322 a.C) filósofo grego no seu livro “Ética à Nicômaco”. A amizade verdadeira e perfeita, como observa Aristóteles, tem que ser boa para o seu objetivo, ou seja, cada um dos amigos deve procurar o que é bom para o outro. As pessoas se amam umas as outras não pelo que pode resultar do relacionamento, mas pelo que são intrinsecamente.

Este tipo de amizade nos une às pessoas de boas intenções, aquelas que são nossas semelhantes nas virtudes. Tornam-se úteis e agradáveis, porque cada uma dessas uniões em amizade é boa em si mesmo e bom para cada duas outras.

Marcus Túlio Cícero (106-41 a.C) filósofo romano chamou a amizade do "dom da vida,... O melhor presente que os deuses imortais nos deram com exceção da sabedoria".

Vamos lá refletir sobre o tema?

Cícero vê a base da amizade como o anseio intuitivo que sentimos para a sociabilidade e o define como "um acordo pessoal de vontade, de gostos e de pensamentos”, ou mais completamente, “um acordo consensual sobre todas as coisas humanas acompanhadas de benevolência e afeição”.

A amizade só pode existir entre pessoas de bem, ou seja, aquelas com estima pela lealdade, integridade, serenidade, generosidade.

Tanto Aristóteles como Cícero acreditavam que esse tipo de amizade é raro, porque o número de pessoas que são capazes de entrar e sustentar tal amizade é muito limitado.

A influência de Aristóteles e Cícero é particularmente evidente como base para o sentido espiritual da amizade.

Algumas das idéias de Aristóteles são habilmente tecidas quando nos lembramos do poder espiritual da amizade, e uma delas é a cordialidade. Cordialidade é a essência da amizade verdadeira e sincera.

A maioria das amizades não são amizades verdadeiras, porque são baseadas ou provocadas por alguma razão em cumprir um determinado objetivo.

O amor singular em nossos corações nutre o poder espiritual da amizade e mantém nossa intimidade com o Ser Maior Criador Deus. Faz sentido?

Há um poema “Sempre lá!” de autoria anônima que recita esta intimidade com nosso Criador: “Olá Deus, eu liguei hoje à noite... Para falar um pouco ... Eu preciso de um amigo para me ouvir... Para minhas ansiedades e experimentações ... Você vê além, o que eu não consigo ver... Só vejo através de um dia apenas na minha vida... Eu preciso do seu amor para me guiar... Então, jamais me sentirei sozinho... Eu quero pedir-Lhe por favor para manter... Aqueles que amo ... sãos e salvos... Venha e encha a minha vida com confiança... Para qualquer destino que está vinculado... Dê-me fé, meu Deus, para fazer face... A cada hora durante o dia... E não me preocupar sobre as coisas... Que não posso mudar de qualquer maneira... Agradeço Deus, por estar protegido em casa... Por ouvir o meu apelo... Por me dar bons conselhos... Quando eu tropeçar e cair... O seu número, Deus, é o único... Que responde o tempo todo... Nunca deu sinal de ocupado... Nunca tive que pagar um centavo... Então, obrigado, Deus, por me ouvir... Meus problemas e minha tristeza... Boa noite meu Deus, eu te amo também... E vou ligar de novo amanhã!”

Há nítida distinção entre o amor de benevolência e amor de concupiscência ou um tipo de amor aquisitivo. O amor de concupiscência nos faz amar algo para a vantagem que esperamos dele, e um amor de benevolência nos faz amar algo para o bem mútuo. Correto?

Amizades são formadas quando amamos os outros por si mesmas. Correspondência mútua consiste em três coisas. É necessário que os amigos se amem, que eles saibam que se amam, e que tenham intimidade, comunicação e familiaridade um com o outro.

O papel da comunicação na amizade nos ajuda entender melhor sua natureza e distinguir amizades verdadeiras.

Comunicação é absolutamente essencial na amizade, que nada mais é, do que o amor mútuo baseado na comunicação recíproca. Assim, se duas pessoas que se amam, conhecem o seu amor, mas não se comunicam, não há amor, nem amizade.

A amizade é fundamentada no amor, portanto não podemos ter uma amizade com uma pessoa sem partilhar com as qualidades dela.

A natureza da amizade é determinada por aquilo do ‘que’ e do ‘como’ é comunicado.
Por exemplo, caso a comunicação seja vaidosa e fútil, em seguida, a amizade será igualmente presunçosa e frívola. Está claro?

Para uma amizade verdadeira e genuína existir, algo de bom deve ser comunicado.
Quanto maior e mais nobre for o sentimento, mais magnânima será a amizade. O melhor tipo de amizade é aquele em que a comunicação é recíproca no amor, confiança, respeito, compreensão, compaixão e elevação espiritual.

Isto é conhecido como o poder espiritual da amizade!

Ralph Waldo Emerson (1803-1822) filósofo e poeta norte-americanos nos diz: "A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso bondoso, nem a alegria do companheirismo, é a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e está disposto confiar em você como seu amigo."

De um modo geral, todas as amizades verdadeiras são espirituais no sentido de que elas envolvem nossas faculdades espirituais – a consciência e a livre vontade.

Chamamos as amizades espirituais as que são criadas, mantidas e alimentadas quando sentimos que é o Espírito do Ser Maior Criador Deus que é o autor da aproximação da amizade que temos uns pelos outros.

O principal objetivo de uma amizade espiritual é para nos ajudar a crescer na espiritualidade, tornando-nos mais intimamente unidos ao Ser Maior Criador Deus e como seres humanos espirituais uns aos outros.

Assim a amizade espiritual é a que através da qual duas, três ou mais Almas compartilham sua afeição espiritual, e se tornam um só em Espírito.

O amor que existe em uma amizade espiritual não é o da compaixão simples, que devemos ter para todos, e sim um amor preferencial, fundamentada na verdade bíblica de que somos feitos à imagem e semelhança de Deus.

Isto significa que nossa própria criação é destinada a amar como Deus nos ama.

Assim como Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança, assim também Ele ordenou o amor entre os seres humanos espirituais à imagem e semelhança de Sua Divindade.

Voltaremos ao assunto.
Site: http://somostodosum.ig.com.br/p.asp?i=10624
Texto de Marcos Porto

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