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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

TEXTO DO DIA - APRIMORANDO O OLHAR, ALCANÇANDO A ESPIRITUALIDADE

Vivemos numa época em que o ser humano está cada vez mais impaciente com o próximo e consigo mesmo. O melhor modo de educar a impaciência e nos tornarmos uma pessoa mais equilibrada é ir educando nossa ansiedade com o tempo. Quando a mente se sente em condições de tranqüilidade suspende todas as formalidades, exceto a da concentração na obra que temos em mãos; quando a mente se põe em condições de conquista ou de receptividade é que o nosso espírito pode trabalhar melhor para nosso benefício. É em tais condições que o espírito se acha em melhor situação para fazer agir e reagir às idéias, às regras, aos métodos ou aos próprios entendimentos. Quanto maior for o sossego do corpo e tranqüilidade da mente, tanto mais rapidamente aprenderemos o modo como deve ser feito tudo o que quisermos fazer. E educando-nos nessas condições iremos gradualmente adquirindo o meio adequado para a formação e transmissão de novas idéais, pondo-nos, assim, em íntimo contato com as mais elevadas regiões da inteligência ou correntes espirituais, recebendo delas novos conhecimentos e inspirações.

A nossa mente é como um lago sereno, ou brilhante fonte, que reflete em suas águas tranquilas tudo o que lhe parece arrogante. Estudaremos e aprenderemos todos os dias e em todos os momentos, mesmo quando menos julgarmos estar aprendendo ou estudando; mesmo passeando calmamente nas ruas, contemplando os rostos que passam no nosso lado, pois vamos apreciando e distinguindo, embora não observemos, as enormes diversidades que nos oferece a natureza humana.

Todo ser humano transforma-se, assim, para nós, em um livro aberto onde podemos ler claramente suas vontades. Dessa forma, à simples vista de um rosto desconhecido, aprendemos a reconhecer, num instante, sua maneira de sentir e suas características. Involuntariamente fazemos uma classificação e, conforme nossa mentalidade faz concordar seu caráter com nossa visão de carinho e amor.

Um olhar carinhoso para um ser humano caminhando serve para milhares de seres humanos de diferentes raças. Classificamos de indelicada uma pessoa pela forma ousada como olha para outra, assim como vemos nitidamente a vaidade nas pessoas quando a olhamos com simplicidade.

Quando tivermos adquirido, como toda perfeição, essa clarividência, no olhar carinhoso enxergará o conhecimento e poderemos calcular, em poucos minutos, se devemos ou não confiar em determinada pessoa. Até entre ladrões, para que não falhe um arrojado golpe é necessário que haja recíproca e absoluta confiança. Napoleão pôde levar vitoriosamente a cabo seus triunfos militares, graças ao cabal conhecimento de seus homens, conhecimento intuitivo e filhos de sua própria mente, o que lhe permitia dar a cada um o papel que melhor se lhe adaptava.

Jesus Cristo elegeu os doze homens melhor dotados para receberem seus ensinamentos e ensinarem aos outros; tudo isso por intermédio dessa mesma intuição. A intuição é um mestre interior e tal mestre reside em todos nós. Se lhe dermos liberdade de ação e implorarmos, ao mesmo tempo, ao espírito infinito, por sabedoria, inspiração e luz para nossa inteligência veremos crescer nosso sábio, aquele sábio que descobre o diamante bruto e as qualidades ou condições que as pessoas possuem para o êxito. Descobriremos, então, não precisamente por sua aparência externa, se elas são nobres ou rústicas, se são educadas ou não.

Os sábios muitas vezes nem sabem gramática, mas transportam montanhas, constroem vidas que rodeiam e cruzam em todas as direções deste planeta, encurtando distâncias e aproximando os corações humanos. As pessoas cultas e instruídas podem escrever e falar com muita elegância, mas podem ser completamente incapazes do mais insignificante trabalho.

O estado de descanso, tranquilidade e serenidade da inteligência é o estado em que têm sido feitas todas as grandes descobertas, como se disséssemos que apanhamos no ar as melhores idéias. O nome de uma pessoa ou coisa que fugiu da memória quase nunca nos ocorrerá enquanto cansarmos de pensar nisso. Só quando deixarmos de torturar nosso cérebro, ele devolverá à nossa mente o nome perdido.

O repouso e a meditação retêm em nosso corpo toda a força que ele necessita para ajudar o espírito a agir, utilizando-se de todos os seus sentidos, por meio dos quais havemos de alcançar o que desejamos.

O nosso espírito possui seus sentidos próprios e peculiares, distintos e inteiramente independentes dos sentidos inerentes ao corpo, sendo aqueles muito mais refinados, mais poderosos e capazes de atuar em maiores distâncias. A nossa capacidade de sentirmo-nos íntimos com o espiritual, convenientemente educados, durante o sono ou quando abandonamos o estado atual, pode pôr-nos em comunicação com o sentido equivalente de outra pessoa cujo corpo esteja em qualquer lugar da Terra, do Universo, e provavelmente que assim esteja sucedendo continuamente. Por essa razão, pode dar-se o caso de que um espírito cujo corpo esteja bem longe contraia alianças e relação íntima com o seu espírito ou qualquer outro dos que flutuam no Universo, pondo-se em comunicação cotidiana com esse mesmo espírito. O nosso sentido interior destrói, assim, toda idéia de distância e tempo.
Texto de Bernardino Nilton Nascimento - Site Somos Todos Um - http://somostodosum.ig.com.br/p.asp?i=358

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