Novembro, 2006 - Novi MI - Um mundo atual está dividido e em conflito é o cenário de um filme que trata de nada menos que a maior pergunta da vida. Forte, colossal em abrangência filosófica, e pretensiosamente corajoso - tudo isso é SOMOS TODOS UM.
Após o lançamento independente, o filme conquistou o interesse de platéias lotadas. Agora, com o lançamento em DVD no Brasil, com toda certeza chegará a um número muito maior daqueles que também perguntam "Qual é o sentido da vida?"
Ward Powers, advogado de 45 anos, pai de três filhas e morador de Novi, Michigan, sente-se obrigado a tomar uma atitude após presenciar os acontecimentos e as conseqüências do evento mundialmente conhecido como "o 11 de setembro". Começa, então, a filmar um documentário. "Eu achava que o mundo começava a se organizar em grupos opostos e queria fazer alguma coisa para uni-lo", afirmou Powers. A idéia original de produzir um filme lhe ocorreu em uma manhã de abril de 2002. Com o apoio da esposa, Diane, e a participação de alguns amigos, organizou um questionário com "as maiores perguntas relativas à vida, a todo tipo de pessoas", com o grandioso objetivo de demonstrar a "unicidade da humanidade".
O que começou como brincadeira logo ganhou força, com a participação de líderes religiosos, arquitetos sociais, místicos, monges, ateus, nobres e filósofos, representando uma gama completa de tradições espirituais, num amálgama de opiniões que se fundiam às do povo nas ruas.
Todos receberam 20 perguntas sobre questões profundas como o sentido da vida, o conceito de Deus, o motivo do sofrimento e a justificativa da guerra.
Entre os entrevistados estão verdadeiros líderes espirituais como Thich Nhat Hanh, Riane Eisler, Padre Thomas Keating, Bárbara Marx-Hubbard, Sadhguru Jaggi Vasudev, B.T. Swami, LLewellyn Vaughan-Lee, Richard Rohr e a voz de Sua Santidade o XIV Dalai Lama.
Após receber a confirmação da participação de Robert Thurman, influente acadêmico, escritor, ex-monge budista tibetano e pai de Uma Thurman; e de Deepak Chopra, um dos maiores especialistas no dualismo corpo-alma, "as portas começaram a se abrir", afirmou Powers.
Também foram incluídas pessoas menos conhecidas, como a entrevista com um jovem sem-teto do Colorado, que resultou num dos momentos mais comoventes do filme.
SOMOS TODOS UM mistura com habilidade a jornada de descobertas do autor com as entrevistas provocantes e músicas "new-age" inéditas. Afasta-se claramente do brilho das produções hollywoodianas, mas suas sinceridade e coragem o tornam acessível e motivo de profunda reflexão para as mais diversificadas platéias. O estilo inocente e o teor ponderado conquistaram elogios entusiasmadíssimos, tanto dos espectadores quanto da imprensa, que o descreveu como "mágico, esclarecedor, dignificante e, principalmente, surpreendente".
O filme tem sido exibido nos cinco continentes a dezenas de milhares de espectadores, por meio de um modelo singular de distribuição, que o leva não só aos cinemas, mas a universidades, colégios, empresas, penitenciárias e até a um celeiro. Ao contrário da distribuição tradicional de filmes, o filme também é projetado em sessões particulares de pessoas físicas. Na maioria dos casos, a exibição do filme é só o início, pois os temas e as perguntas do filme estimulam debates que continuam muito tempo depois que as luzes se acendem. "Já houve casos de donos de cinema que praticamente nos expulsaram para poder acomodar quem aguardava a próxima sessão", disse um risonho Powers.
Motivado pelo sonho de tornar o mundo, de algum modo, um lugar melhor, Powers e sua pequena equipe criaram um fenômeno comovente, mágico e notável de enorme abrangência. Embora seu trabalho sirva de inspiração para muitos, foi um árduo trabalho amoroso que, às vezes, era mesmo árduo. É como ele humildemente declara no filme, "Se soubéssemos o que seria, de fato, este projeto, acho que não teríamos coragem de levá-lo adiante... e talvez isso aconteça com muitas jornadas da vida".
Ainda bem que ele perseguiu essa idéia, que lhe chegou por meio de um sonho e, seguindo nada além da própria navegação instintiva, leva os espectadores em situação semelhante: sem saber se encontraram as respostas ou se as respostas os encontraram.
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