Percebemos que há séculos existe a idéia de que devemos seguir a orientação de um mestre ou guru para progredimos na jornada evolutiva, isto é, precisamos ser discípulos de alguém para encontrar a iluminação.
As sílabas “gu” e “ru” significam respectivamente “trevas” e “aquele que as dissipa”. Muitos humanos foram tidos como gurus ao longo da história e nos dia de hoje poderíamos citar vários bem conhecidos e idolatrados. Mas nenhum deles deixou de ser humano e, como tal, não é perfeito, embora mais desperto do que a maioria.
Sempre haverá líderes espirituais que são de grande auxílio no despertar e progresso espiritual das pessoas e até muito necessários nas situações em que não se sabe para onde ir.
O problema com o guru, ou mestre, está em quando as pessoas o seguem cegamente, sem questionar os ensinamentos e avaliar se são compatíveis com sua individualidade ou não. Piora muito quando o guru exige obediência e adoração como se fosse um ser superior que “testa” os seguidores e “concede” as graças das quais esses forem “merecedores”. Quando alguém se deixa guiar nessas condições esse mestre passa a ser algo limitante no seu crescimento e evolução pois não estamos mais centrados nos nossos processos pessoais.
Cada ser humano é único e individual e assim também é o seu processo. Cada um de nós aqui está para evoluir, aprender, experenciar. Muitas vezes o mestre escolhido está fora do contexto cultural do seguidor e isso também provoca diversas distorções que é preciso avaliar. Se sigo cegamente, sem questionar os ensinamentos do outro como crescer internamente? Com o realizar meu processo de individuação? Estarei vivenciando, experenciando ou seguindo um roteiro?
Cada um de nós tem um mestre interior que nos orienta dentro daquilo que necessitamos. Em determinado ponto do caminho precisamos de um orientador externo mas é nosso mestre interior que nos conduzirá até ele pelo tempo necessário ao aprendizado desejável. Cada um de nós possui o próprio plano evolutivo sendo assim é normal termos vários orientadores que se revezam ao longo da jornada. Para perceber isso é preciso ter aprendido a lição do desapego.
Penso que é importante ter consciência de que precisamos reconhecer, nos sintonizar e fortalecer cada vez mais a comunicação com nosso mestre ou cristo interior, aprender a ouvir e sentir. Confiar nessa sintonia e nos deixar guiar o máximo possível por essa voz interior. De outra forma, seremos eternos seguidores de um caminho que não é nosso. Confie em você!
Luz e paz!
Texto de Denise Schinetzky - www.portalquantico.com.br
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